Os Doze Caminhos
Desde o início das atividades humanas, modelos de conduta sempre foram procurados para adaptar-se ou adaptarem as sociedades que prosperaram das famílias e suas aglomerações. Assim regramentos internos foram gerados, condutas e cultos diversos. Acontece que no início da era Pós-Dilúvio com a Segunda Spaia[1] da humanidade, as distâncias e gerações alteraram-se, tanto no ponto físico, quanto moral e social. Era a segunda queda do senjei e era inevitável.
Dos diversos cultos e crenças advindas destas condutas, originou-se o desejo de fazer a natureza cooperar com as diversas situações dos homens. Eles queriam controlá-la, mas acreditavam que o poder para tal empreitada somente dizia respeito a Deus, suas divindades ou espíritos. Cultos foram criados e logo os homens começaram a compreender o poder da natureza em seus experimentos, dos mais simples aos mais grotescos. Enfim veio o conhecimento da força que rege a natureza e principalmente, do poder que vem do homem, a Aura.
Não se sabe ao certo quem primeiro descobriu as variações áureas do homem, mas isto parece que ocorreu de diversas formas em diversos pontos do mundo. A primeira grande manipulação da natureza então manifestou-se e ela não poderia ser diferente. Nos climas mais severos os nos mais amenos, a necessidade de regulá-lo sempre foi uma prioridade. Poder advindo da fartura de alimentos, de recursos hídricos, ou animais, sempre foi o que separou grande civilizações das pequenas, do mesmo modo que sempre colocou certos lugares como foco de guerras e cobiças.
Controlar o tempo, regulando chuvas, secas e plantações, era intrinsecamente necessário para quem quisesse prosperar como sacerdote e bastante útil para o governante quanto à sua abundância de recursos. Assim a primeira grande magia a ser utilizada, foi a denominada pelos bruxos modernos de Azul, devido a sua cor quando o usuário executa os ritos ou encantamentos.
Com o passar dos anos, inúmeras outras formas de execução de alterações dos fenômenos naturais foram pesquisados e executados gerando assim uma miríade de reações mágicas. Com muito trabalho por parte de feiticeiros poderosos em seus livros mágicos e manuais, foi consenso que uma classificação que englobaria todos os feitiços e encantamentos vigoraria. E assim criou-se o conceito dos Doze Caminhos. Que afirma ter o homem doze cores produzidas por sua Aura e que cada cor entrava em contato com um evento, ou mais claramente, que cada cor representava um braço mágico diverso da outra.
A classificação, contudo, não foi utilizada plenamente, do modo que hoje existem classes de bruxas que a desconhecem. Somente as ordens mais antigas ou poderosas utilizam desta classificação que além de correta, como provado ao longo dos milênios, é mais eficaz do qualquer outra e possuidora de um leque de combinações e ações imenso.
A organização destes caminhos é em geral demonstrada por uma figura.
[1] Do termo “Seneda Spah-ahi” designado pelo lexicólogo Francis Coldron em 1714. Este termo refere-se a os homens e mulheres que espalharam-se pelo mundo após o Dilúvio e perderam as crenças de seus pais para criar as suas próprias, gerando assim o politeísmo e suas peculiaridades.